Jardins verticais mudam paisagem na cidade do México

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Três jardins verticais instalados na Cidade do México dão origem às “ecoesculturas”: uma mistura de obra de arte e instrumento para purificar o poluído ar da capital mexicana.
Instalados por uma ONG chamada VerdMX, a prioridade dos jardins verticais é transformar a cidade. “É uma maneira de intervir no meio ambiente”, conta Fernando Ortiz Monasterio, arquiteto que projetou as obras.
Uma das esculturas que mais chamam a atenção é um jardim vertical com 55 mil plantas que resistem à contaminação diária de milhares de carros.
Segundo os responsáveis pelo projeto, a estrutura produz oxigênio, reduz o ruído urbano e ajuda a combater o efeito de ilha de calor — embora, à primeira vista, a estética chame mais a atenção do que a função ecológica.
“A arte pode ser um meio de comunicação para o tema ambiental. Todos falam sobre ações verdes, mas pouco fazem para realmente mudar a situação. A ideia era que os jardins fossem imponentes, para que as pessoas falassem deles e discutissem ecologia a partir de um conceito artístico”, define Monasterio.
A Cidade do México ainda é uma das mais poluídas do mundo, mas hoje reúne numerosas iniciativas ecológicas que semeiam uma nova consciência ambiental. Muitas associações civis surgiram com ideias frescas para fazer frente a esse problema sem depender totalmente do apoio governamental.
ONGs como a VerdMX buscam na iniciativa privada o financiamento para projetos ecológicos que favoreçam ao mesmo tempo uma marca e uma causa. No caso das “ecoesculturas” o financiamento veio da fabricante de veículos Nissan, no momento em que a empresa lançava uma linha de carros elétricos.
Entre as próximas ideias da organização está a criação de um “cartão verde” para apoiar projetos ecológicos, além da instalação de microgeradores de energia eólica em uma estrada mexicana, que poderia ser a primeira livre de emissões no país.
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