Edifício verde em São Paulo terá estrutura de madeira de reflorestamento certificada
A mais nova edificação na cidade de São Paulo trará benefícios para o meio ambiente, embelezando e contrastando com as estruturas cinzentas e urbanas da capital. O projeto é uma idealização da Amata, empresa de gestão florestal, junto com o estúdio de arquitetura franco-brasileiro, Triptyque. A edificação possui 13 andares com área total de 4.700 m², sendo um espaço para co-working, habitações compartilhadas e restaurantes. Ambos os espaços, comum e privado, estão integrados com a natureza e estabelecem uma conexão com a cidade através de sua estrutura sustentável e vegetação abundante.
O uso da madeira torna-se a solução? A parte estrutural da edificação será toda feita em CLT (Cross Laminated Timber), um sistema de extrema tecnologia feito de diversas camadas de madeira maciça em direções diferentes, que torna o produto muito mais resistente para ser usado em granes obras de edifícios altos. Porém, tendo em vista que a exploração madeireira ilegal no Brasil, e o desmatamento, infelizmente são crimes frequentes no país, nos perguntamos: De que maneira uma edificação em madeira pode ser ecológica? O co-fundador e CEO da Amata, Dario Guarita Neto explica.“Os edifícios em madeira certificada podem ser uma solução eficiente e servir como um impulso para uma mudança na consciência ambiental de nossas sociedades.”
A cada 1m³ de madeira reforestada é absorvido uma tonelada métrica de CO² atmosférico do meio ambiente.
A substituição dos recursos não renováveis por matérias-primas naturais, ajuda a fortalecer uma cadeia de produção mais limpa e consciente, adicionamos valor às florestas certificadas. Isso pode diminuir a pressão para o desmatamento. O novo edifício vegetado em São Paulo em sua estrutura sustentável, seu design e o tempo de construção extremamente reduzido, trazendo mais durabilidade e menos impacto ambiental.
“O edifício é a naturalização da arquitetura colocada em prática, oferecendo uma experiência sensorial total, a metáfora de uma floresta urbana habitável, a madeira visível e invisível, o uso da vegetação e da paisagem. Sua silhueta escalonada combina com a topografia desigual do bairro paulistano de Vila Madalena, onde está localizado o terreno que será construído o edifício.” A previsão é que a obra termine em 2020.
Referência | Sustentarqui
Adaptação e edição | Pedro Henrique Leite