Biorremediação é o conceito mais sustentável e eficaz para a descontaminação de ambientes poluídos.
Não é segredo para ninguém que as ações humanas impactam o meio ambiente e comprometem o ecossistema. Exemplos bem comuns disso são os esgotos que contaminam nossos oceanos e solos.
Vez ou outra também acompanhamos acidentes ambientais mostrando vazamentos de petróleo nos nossos mares.
Sem falar do uso desequilibrado de alguns tipos de pesticidas e fertilizantes altamente tóxicos que contaminam o solo e atingem os lençóis freáticos, bem como os resíduos líquidos industriais despejados em aterros ou áreas de contenção.
De forma geral, podemos dizer que elementos contaminantes circulam livremente pelo solo, ar e água e impactam diretamente na saúde das pessoas e na vida do planeta.
A biorremediação é um processo biológico que pode ser utilizado para recuperar os ambientes contaminados sem causar mais poluição secundária ou reduzi-la caso ocorra.
Continue a leitura e conheça melhor esse conceito.
O que é biorremediação?
Biorremediação ou remediação biológica nada mais é que um processo que se utiliza de organismos vivos, plantas e microrganismos para descontaminar ambientes contaminados.
No processo, são utilizadas bactérias, fungos, leveduras, enzimas, algas e outros agentes biológicos degradadores inseridos no ambiente poluído para remediar ou eliminar toda a contaminação existente.
Esses agentes removem ou neutralizam os diversos poluentes tóxicos de toda a área contaminada, como, por exemplo, do solo, lago, rios, mares, etc.
Imagine, por exemplo, um derramamento de petróleo ou combustível. A biorremediação utiliza-se de bactérias que degradam o fluido para retirá-lo do local sem impactos ambientais.
Outro exemplo são as algas unicelulares, como a conhecida Chlorella, que são usadas para despoluir esgotos.
De forma geral, os microrganismos são responsáveis por metabolizar os contaminantes, transformando-os em água H²O e gás carbônico (CO²).
Existem dois modelos de técnicas de biorremediação que são:
In situ: todo o tratamento do material contaminante é realizado no próprio local da origem.
Ex situ: o material é tratado em lugar diferente, ou seja, ele é transportado para um local apropriado especialmente indicado para a recuperação. Esse modelo é usado quando há risco de propagação rápida da contaminação.
Quais são os princípios da biorremediação?
A biorremediação surgiu em 1988. Na época, cientistas usaram micro-organismos para limpar poluentes e lixos tóxicos.
Depois disso, pesquisas e experiências têm sido conduzidas para aplicar o conceito na recuperação de diversos tipos de poluentes.
Atualmente, a remediação biológica tem grande aplicabilidade e o seu uso se baseia em 3 princípios básicos, que são:
- Disponibilidade do contaminante,
- Presença de algum micro-organismo com capacidade metabólica,
- Condições ambientais adequadas para o crescimento e atividade microbiana.
Principais vantagens e desvantagens
Por tratar-se de uma técnica que se utiliza de organismos vivos, plantas e microrganismos que irão agir nos resíduos contaminantes para promover a recuperação de ambientes poluídos, a biorremediação pode apresentar algumas desvantagens.
Algumas vezes a técnica empregada é considerada lenta para realizar todo o processo de recuperação.
Outra desvantagem é que a utilização de microrganismos que não habitam o local pode provocar um desequilíbrio ecológico na região.
Por outro lado, a biorremediação apresenta uma série de vantagens, como, por exemplo:
- Baixo custo se comparada com outras técnicas de tratamento convencionais,
- O processo não utiliza água natural tratada, o que gera economia de recursos naturais e financeiros,
- O processo é seguro e não afeta diretamente o meio ambiente e nem as pessoas em volta,
- No tratamento da água, os compostos atóxicos não são removidos,
- Não influencia em operações já realizadas no local,
- Também pode ser realizada em lugares de difícil acesso.
Compreendeu por que a biorremediação é o conceito mais sustentável e eficaz para recuperar ambientes poluídos?
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