Construir de modo sustentável não é bom somente para a imagem das empresas. Financeiramente, é vantajoso. “As boas práticas reduzem substancialmente o risco para os investidores”, afirma Felipe Faria, diretor do Green Building Council (GBC), organização responsável por emitir no País o certificado Leed, que estabelece as melhoras práticas de construção sustentável.
É o que mostra um estudo realizado pela entidade comparando o desempenho de mercado dos empreendimentos comerciais certificados e não certificados. Na capital carioca, em média, o valor de locação por metro quadrado é 24% maior em edifícios com Leed: R$ 146, ante R$ 117. Em São Paulo essa diferença é de 10%.
Na região da avenida Faria Lima, que concentra grandes empresas, porém, a diferença chega a 40%. A taxa de vacância em prédios certificados é 7% menor, no Rio, e 9,5% menor, em São Paulo. Já o valor do condomínio, para quem não segue as normas do GBC, aumenta 12% na capital paulista e 25% no Rio. Isso se deve à maior eficiência das edificações.
Para obter o certificado, é preciso atender a critérios como economia de água e luz, climatização adequada e boa qualidade do ar. Isso pode ser obtido com elevadores inteligentes, painéis solares, coberturas verdes e materiais mais modernos, por exemplo. Nos dez anos de atuação do GBC no País, mais de 1,2 mil projetos foram registrados, o quarto maior volume do mundo. Desse total, 393 foram certificados.
Referências: Terra