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John Todd (nascido em 1939) é um biólogo que trabalha no que às vezes é considerado o campo geral de “designer ecológico”, em que suas idéias muitas vezes envolvem aplicações que se tornam a base de tecnologias alternativas. Seus principais interesses profissionais incluem a resolução de problemas de produção de alimentos e processamento de águas residuais. Como autor, ele apresentou o resultado do trabalho que ele e seus colegas empreenderam em uma série de livros, bem como nos artigos científicos necessários.
Todd nasceu em Hamilton, Ontário, Canadá, em 1939. Obteve seu bacharelado em 1961 na agricultura e seu mestrado em 1963 em parasitologia e medicina tropical da Universidade McGill, em Montreal, Quebec. Após, fez um trabalho de doutorado na pesca e oceanografia na Universidade de Michigan. Seu interesse profissional precoce, envolvendo a ecologia comportamental de peixes, e foi a base de seu trabalho como professor assistente da etologia (ciência que estuda o comportamento animal) em San Diego State University (1968-1970), depois que ele se juntou ao Instituto Oceanográfico Woods Hole, em Woods Hole, Massachusetts, como um cientista assistente.
Todd atuou como presidente do Instituto New Alchemy até 1981. Em 1980, ele co-fundou Ocean Arks International. Ele também co-fundou o Living Technologies Inc., empresa de construção ecológica em Burlington, Vermont. A partir de 1999 ele foi Professor de Pesquisa e Professor Emérito da Universidade de Vermont.
John Todd ganhou o Buckminster Fuller Challenge em 2008. Entre outros prêmios John Todd recebeu, em 1994, o Prêmio Daimler-Chrysler para Inovação em Design, em 1996, o Prêmio de Mérito Ambiental (a partir da US Environmental Protection Agency) , em 1998, o Bioneers Lifetime Achievement Award. Também em 1998, ele e Nancy Jack Todd receberam o Prêmio Lindbergh em reconhecimento do seu trabalho em tecnologia e do ambiente e são parceiros da Fundação Findhorn.
A pesquisa ecológica
Em 1969, Todd co-fundou o Instituto New Alchemy para fazer as duas pesquisas fundamentais da biologia e disciplinas, bem como, aplicar a ciência biológica à tecnologia. Todd e colegas projetaram ecossistemas em miniatura, em grande parte para se “auto-perpetuar”, trazendo princípios ecológicos a serviço das necessidades humanas.
Além de projetar e fazer protótipos para sistemas de produção de alimentos e abordagens para comunidades de pessoas, este trabalho acabou resultando em novas abordagens inovadoras para processamento de esgoto e águas residuais industriais. A abordagem de Todd envolveu aplicações de micro-organismos, peixes e plantas (fitorremediação – uso de plantas para remover, imobilizar ou tornar inofensivos ao ecossistema, contaminantes orgânicos e inorgânicos presentes no solo e na água).
Em 1974, Todd voltou para o Canadá para projetar e construir “uma arca para P.E.I.” em Spry Point na Prince Edward Island, em contrato para o governo Federal. Quando concluída, em 1976, a “Arca” tinha se tornado uma “bateria de testes” de muitos dos princípios que se tornaram a “máquina viva”, bem como uma série de elementos pioneiros estabelecidos como sustentáveis: orientação solar, coletores solares, energia eólica, térmica armazenamento e banheiro seco. “Máquina viva” agora é uma marca comercial registrada de propriedade da Dharma Group, LC em Charlottesville, Virginia, que também é proprietária das patentes originais para o sistema.
Água
John e colegas desenvolveram o que chamaram de “máquinas vivas”. O sistema que eles desenvolveram é uma tecnologia ecologicamente correta, projetada e desenvolvida para restaurar, conservar, ou remediar esgoto ou outra água poluída, por meio da replicação e aceleração dos processos de depuração natural de rios, lagoas e pântanos. Na aplicação prática, uma “máquina viva” é um sistema de tratamento destinado a tratar um fluxo de resíduos específicos usando os princípios da engenharia ecológica. Ele faz isso usando diversas comunidades de bactérias e outros microorganismos, algas, plantas, árvores, caracóis, peixes e outros seres vivos.
Esgoto
John Todd desenvolveu uma estação de tratamento de resíduos em Cape Cod que produz água potável a partir de água de esgoto. Bactérias consomem o esgoto orgânico e transformam amônia em nitratos. Os nitratos são utilizados como alimento para as algas e fertilizantes para as “duckweed” (plantas aquáticas que flutuam sob a água doce). Zooplâncton e caracóis consomem as algas. Os peixes comem o zooplâncton. Plantas flutuantes aproveitam as sobras. Juncos, cattails, e jacintos de água tornam as toxinas inofensivas. As árvores absorvem metais pesados. Os subprodutos são plantas decorativas e peixinhos, ambos comercializados. Os peixinhos são vendidos como isca de peixe. As plantas aquáticas, criadas em lagoas a céu aberto do sistema de tratamento de esgoto. São usados na Califórnia, Flórida e Mississippi. O sistema “máquina viva” de Todd faz com que seja possível fazer tudo isso nos climas frios do norte. A cidade de Harwich, Massachusetts começou a usar o sistema de Todd em 1990.
Referências: John Todd Ecological Design
*Texto | Catarina Schmitz Feijó