Imagem de uma construção em madeira com jardins verticais

Construções em madeira: qual o futuro dos revestimentos vivos?

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Na busca incessante por soluções sustentáveis e estéticamente agradáveis, as construções em madeira têm ganhado destaque como opção de revestimento vivo. 

Sendo assim, quando se trata do cenário contemporâneo da arquitetura sustentável, a madeira emerge como uma protagonista, desafiando paradigmas tradicionais e oferecendo uma alternativa inovadora.

Esta análise aprofundada explora os motivos que tornam as estruturas de madeira uma escolha promissora para a construção urbana, examinando detalhadamente as vantagens, desvantagens e como essas construções podem integrar-se de maneira sinérgica a elementos de design biofílico. Continue a leitura abaixo e confira!

Quais são as vantagens e desvantagens da madeira?

Antes de falarmos sobre as construções em madeira, vamos entender um pouco quais são os benefícios de utilizá-la.

Sabemos que a madeira sempre desempenhou um papel crucial na arquitetura, conferindo calor, elegância e charme às estruturas. Hoje, porém, sua presença vai além do aspecto estético, abraçando também a sustentabilidade.

Confira abaixo, algumas vantagens de utilizar esse material:

1.Menor emissão de carbono

A mudança climática é uma realidade inegável, e a construção civil tem um papel crucial na redução das emissões de carbono. A madeira surge como uma alternativa promissora devido à sua menor pegada de carbono. 

Dados técnicos indicam que, durante o ciclo de vida completo, a produção de madeira libera menos carbono na atmosfera do que a fabricação de materiais convencionais, como o concreto.

No caso, a madeira se destaca por sequestrar carbono, agindo como um sumidouro eficaz. Em comparação com materiais mais tradicionais, a madeira oferece uma contribuição significativa para a mitigação das mudanças climáticas.

2.Eficiência estética e psicológica

A estética é uma parte fundamental do design arquitetônico, e a madeira, com sua beleza natural, oferece possibilidades inexploradas. 

Além da eficiência estética, estudos psicológicos indicam que a presença de madeira em ambientes construídos está associada a níveis mais baixos de estresse e maior bem-estar dos ocupantes. Isso aponta para uma conexão intrínseca entre o uso da madeira e a qualidade de vida nas áreas urbanas.

3.Adaptabilidade arquitetônica

A versatilidade da madeira permite uma ampla gama de aplicações arquitetônicas. Desde estruturas de grandes vãos até detalhes intrincados, a madeira é moldável e adaptável às necessidades do design contemporâneo. 

A tecnologia de processamento digital, como a fabricação assistida por computador (CAM), aprimora ainda mais a capacidade de criar formas complexas e inovadoras com a madeira.

Algumas desvantagens de utilizar esse material

Agora, é claro que devem ser sopesadas as desvantagens que obviamente existem na opção pela madeira. Algumas delas são bem conhecidas e até presumíveis, mas sempre é bom lembrá-las para que se analise se, no caso específico, superam as suas vantagens.

1.Resistência ao fogo

A resistência ao fogo é uma preocupação inerente ao uso da madeira em construções urbanas. 

No entanto, avanços significativos na tecnologia de tratamento da madeira e a pesquisa contínua em retardantes de chama prometem abordar esse desafio. A combinação de tratamentos térmicos e retardantes de chama pode elevar substancialmente a resistência ao fogo da madeira.

2.Pragas e impacto ambiental

A vulnerabilidade da madeira a pragas e o potencial impacto ambiental do uso em larga escala são questões legítimas. No entanto, estratégias como a certificação florestal e o manejo sustentável buscam garantir que a demanda por madeira não comprometa a biodiversidade ou cause danos irreversíveis aos ecossistemas florestais.

Por outro lado, pesquisas em nanotecnologia aplicadas à madeira estão explorando maneiras de reforçar a resistência natural contra pragas. Essas inovações buscam criar um equilíbrio entre a utilização da madeira e a preservação dos ecossistemas, visando a coexistência harmônica com a natureza.

Construções em madeira e design biofílico: conforto térmico e biodiversidade urbana

A integração de construções em madeira com elementos de design biofílico não apenas aprimora o aspecto estético, mas também maximiza os benefícios para o meio ambiente e para os habitantes urbanos.

Os jardins verticais, quando combinados com construções em madeira, oferecem vantagens além da estética. Estudos realizados em cidades como Singapura, pioneira na integração de jardins verticais em edifícios residenciais, indicam que essas estruturas contribuem significativamente para o conforto térmico e melhoram a qualidade do ar urbano.

Jardins verticais podem reduzir a temperatura ambiente em até 4 graus Celsius, diminuindo a necessidade de resfriamento artificial em ambientes internos. 

Além disso, a capacidade de absorção de poluentes atmosféricos pelas plantas em jardins verticais atua como um filtro natural, melhorando a qualidade do ar nas áreas urbanas densamente povoadas.

Em relação aos telhados verdes, sua complementaridade com construções em madeira é evidente quando consideramos a eficiência energética. Telhados verdes oferecem isolamento térmico adicional, reduzindo a transferência de calor entre o interior e o exterior das construções.

Em uma cidade como Copenhague, por exemplo, onde edifícios comerciais adotaram extensivamente essa combinação, a redução no consumo de energia para aquecimento e refrigeração chega a 30%.

O impacto positivo na temperatura interna das construções é evidenciado por dados técnicos que revelam uma redução de até 5 graus Celsius durante os meses mais quentes do ano. 

Além disso, a presença de vegetação nos telhados verdes estimula a biodiversidade urbana, contribuindo para a coexistência harmoniosa entre a natureza e as estruturas construídas.

Integrando vantagens, desvantagens e design biofílico

Ao contemplar o futuro da construção urbana, é imperativo considerar a integração eficiente de materiais e elementos de design que promovam a sustentabilidade.

A madeira, com suas vantagens significativas em termos de menor emissão de carbono e eficiência estética, apresenta-se como uma escolha viável. As desvantagens, como a resistência ao fogo e a vulnerabilidade a pragas, estão sendo abordadas por inovações tecnológicas.

A incorporação de elementos de design biofílico, como jardins verticais e telhados verdes, não é apenas uma questão estética, mas uma abordagem abrangente para criar ambientes urbanos mais sustentáveis e habitáveis, no qual a madeira pode se destacar como uma peça central dessa evolução.

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IMAGENS:

Capa e Imagem 1: CNN/Atrium Ljungberg

Demais imagens: arquivo Ecotelhado