Balneário Camboriú (SC) é uma cidade conhecida pelos seus arranha-céus, cujos designs arrojados lhe renderam o apelido de “Dubai brasileira”.
Embora, para muitos, esses edifícios confiram uma beleza urbana inegável, também é fato que o verde e a natureza acabaram deixados em segundo plano.
Além disso, a grande expansão urbana horizontal e, especialmente, vertical, sobrecarregam os sistemas de drenagem pluvial da cidade, tornando-a muito estéril e impermeabilizada.
Porém, isso tende a mudar a partir de investimentos em infraestrutura verde que a cidade passará a ter, conforme previsto na sua Política Municipal de Segurança Hídrica e Desenvolvimento Sustentável (Lei 4.560/2021).
Quer saber mais sobre isso? Então leia o conteúdo abaixo! Confira!
Drenagem em Balneário Camboriú
Segundo dados do Instituto Água e Saneamento, Balneário Camboriú possui 149.227 habitantes, 100% localizados em área urbana e 0% em área rural.
Sua área é de 45,21 km² e a densidade populacional é de 3.300,46 hab/km², enquanto o estado de Santa Catarina tem, em média, 76,66 hab/km².
Ou seja: há muita gente em pouquíssimo espaço, sendo essa a razão para edifícios tão altos em uma faixa de terra curta.
A arquitetura arrojada das edificações não esconde a realidade da alta densidade demográfica e a evidente impermeabilização do solo e o sobrecarregamento das redes de esgoto pluvial e cloacal da cidade.
Assim, ao mesmo tempo, em que alagamentos pontuais já são uma rotina para a cidade, que, a cada pancada de chuva, se depara com esquinas e cruzamentos cobertos por água, problemas de saneamento básico vêm aumentando, com suas fontes de água doce, em especial o Rio Camboriú, cada vez mais poluídos, o que, evidentemente, também ocorre com o mar.
Como consequência, em pleno verão e alta temporada, em dezembro de 2023, suas praias chegaram a ficar mais de três semanas impróprias para o banho.
Embora a notícia seja recente, esses problemas já vêm acontecendo há anos.
A fim de que o futuro se desenhe de maneira diferente, a cidade publicou a sua Política Municipal de Segurança Hídrica e Desenvolvimento Sustentável (Lei 4.560/2021).
A Política Municipal de Segurança Hídrica e Desenvolvimento Sustentável (Lei 4.560/2021)
A Política Municipal de Segurança Hídrica e Desenvolvimento Sustentável é composta por um conjunto de políticas, programas, projetos e iniciativas relacionados à gestão da água, à proteção, preservação, conservação, recuperação, manejo e prestação dos serviços públicos pertinentes e demais ações concernentes às águas, visando a garantia da segurança hídrica no município de Balneário Camboriú.
A lei traz algumas definições interessantes, como aquelas reservadas para “adaptação”, referindo-a como as “iniciativas, medidas e ajustes em sistemas naturais ou criados pelos homens, visando reduzir a sua vulnerabilidade perante os efeitos atuais e esperados da mudança do clima.” (art. 3º, inciso I).
Outra definição interessante é a reservada para segurança hídrica, apontando-a como “a capacidade de uma população de salvaguardar o acesso sustentável a quantidades adequadas de água de qualidade para garantir meios de sobrevivência, o bem-estar humano, o desenvolvimento socioeconômico; para assegurar proteção contra poluição e desastres relacionados à água, e para preservação de ecossistemas em um clima de paz e estabilidade política”. (art. 3º, inciso V).
No seu Capítulo II, Seção V, Subseção III, ao abordar “águas pluviais urbanas”, refere que “o equilíbrio do sistema de drenagem urbana será norteado, prioritariamente, pela capacidade de absorção, retenção e escoamento das águas pluviais.” (art. 22).
Para isso, destaca que “a implantação de infraestrutura verde nas áreas urbanas e edificadas constitui-se estratégia para o equilíbrio do sistema de drenagem urbana quando potencializar o aumento da permeabilidade do solo, a retenção de águas pluviais e o impedimento da poluição difusa.” (art. 23).
Conforme a norma, “a infraestrutura verde abrange os jardins de chuva, jardins filtrantes, os canteiros pluviais, as biovaletas, as lagoas pluviais, as bacias de retenção, telhados verdes, grades verdes, estacionamentos drenantes, entre outras iniciativas que potencializem a drenagem natural.” (art. 23, § 1º).
Em seguida, aponta que “sendo implantados telhados verdes os mesmos deverão estar associados ao encaminhamento das águas captadas para cisternas ou tanques, conforme disposto no Art. 7º da Lei Municipal nº 2.507, de 9 de novembro de 2005” (art. 23, § 2º), Lei que procura instituir medidas que induzam à conservação, uso racional e utilização de fontes alternativas para captação de água nas novas edificações, bem como a conscientização dos usuários sobre a importância da conservação da água.
A referência explícita à importância da infraestrutura verde torna a norma muito avançada e relevante. Mesmo que já publicada há três anos, sabe-se que seus resultados não poderiam ser obtidos imediatamente.
Com o passar do tempo é que poderemos conferir se “a lei pegou”, ou seja, se ela foi levada a sério pela população, empreendedores e pelo próprio Poder Público, responsável pela fiscalização.
Balneário Camboriú mais verde e com melhor drenagem com a Ecotelhado
Sistemas de telhado verde como os desenvolvidos pela Ecotelhado são perfeitos para os objetivos traçados na Política Municipal de Segurança Hídrica e Desenvolvimento Sustentável de Balneário Camboriú, em especial os sistemas Laminar Médio e Laminar Alto, além do Sistema Azul e Verde, os quais possuem excelentes reservas hídricas e se mostram verdadeiras bacias de amortecimento e retenção d’água.
A empresa também tem o seu pavimento permeável, o Ecopavimento, que pode ser utilizado com brita ou com grama.
Além disso, a Ecotelhado conta com o Ecodreno, um produto multiúso aproveitado como sistema de detenção, retenção, drenagem, infiltração e reaproveitamento da água da chuva.
Funciona como uma cisterna vertical modulada subterrânea que permite o fluxo de veículos e pedestres sobre ela. Pode ser utilizado como cisterna subterrânea ou em coberturas, ou como Jardim de Chuva em praças, áreas verdes e calçadas.
Para ficar ainda mais claro, o Ecodreno, produto que também é utilizado para telhado verde no Sistema Laminar Alto e no Sistema Azul e Verde, pode ser usado no solo sob um grande gramado de praça, por exemplo.
Isso significa que todos os benefícios de uma praça seguirão existindo, a área verde continuará lá e sendo útil para os fins ambientais e de lazer a que se destina, mas, sob ela, haverá um grande e invisível reservatário pluvial que retardará a extravasão da água da chuva para a rede pública.
Enfim, não há dúvida de que as tecnologias desenvolvidas pela Ecotelhado são perfeitas para que a drenagem visada pela Lei 4.560/2021 se tornem uma realidade, auxiliando decisivamente, e de forma biofílica, a “Dubai brasileira” em sua busca por uma drenagem mais adequada e pela ampliação de áreas verdes onde, hoje, há apenas superfícies impermeabilizadas e cinzentas.
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Texto: Renan Eschiletti Machado Guimarães
CAPA E IMAGEM 1: OCP News
IMAGEM 2: G1
DEMAIS IMAGENS: Arquivo Ecotelhado