Para conter o acúmulo de lixo no Arroio Dilúvio e impedir que ele chegue ao Lago Guaíba, a prefeitura de Porto Alegre, em parceria com a empresa de certificações digitais Safeweb, contratou a Ecotelhado para desenvolver e implantar as ilhas flutuantes.
O projeto Ecobarreira visa fazer uma barreira ecológica que conterá qualquer resíduo sólido que flutue pelo arroio, em até 20 centímetros de profundidade. Os resíduos coletados, vão ser retirados sempre que necessário e as ilhas flutuantes vão tratar um pouco a água. A obra será inaugurada em março.
AS ILHAS FLUTUANTES
Já conhecidas em países como Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos, as ilhas flutuantes são a forma mais econômica para o tratamento de canais urbanos poluídos pela água suja que escoa das ruas durante as chuvas, e pela mistura de esgoto cloacal tão comum nas cidades brasileiras.
Para que as águas poluídas, voltem ao seu estado de pureza natural, as Ilhas Flutuantes seguem as leis da Biomimética, uma área da ciência que se inspira na natureza para desenvolver funcionalidades úteis aos seres humanos. São sistemas modulares de múltiplas funções que funcionam como ilhas artificiais flutuantes. Estas ilhas são elaboradas a partir de materiais descartados, onde são plantadas várias espécies de plantas. E são estas plantas que irão fazer o tratamento da água.
Veja aqui os benefícios que as ilhas flutuantes trazem aos ambientes urbanos e rurais, as pessoas e também ao habitat aquático.
O PROJETO
A estrutura será instalada no curso d’água, no trecho entre as avenidas Edvaldo Pereira Paiva e Beira Rio, próximas da foz do arroio. A barreira ecológica conterá qualquer resíduo sólido que flutue pelo arroio, em até 20 centímetros de profundidade.
Ao longo das ilhas flutuantes, existe um pórtico como se fosse uma “grade” que concentrará o lixo coletado ali, então o DMLU será responsável por retirar esse lixo e caberá ao DEP fiscalizar a operação do equipamento e sua eficácia, verificar a coleta de entulhos e resíduos capturados pela barreira ecológica. A SMAM também é parceira no projeto.
O projeto será implantado em caráter experimental e será acompanhado durante um ano, através das três instâncias. Neste período, ele será permanentemente avaliado para verificar sua eficiência, podendo vir a ser adotado como uma das práticas na recepção e coleta de lixo em arroios.
Saiba mais sobre o projeto clicando aqui e assista ao vídeo explicativo aqui.
*Texto | Catarina Schmitz Feijó