Você já se perguntou de onde vieram os jardins verticais, quem inventou ou quando foi o primeiro?
Nas cidades mais importantes do mundo, uma das tendências mais fortes no paisagismo urbano são paredes verdes. Estas manchas de vegetação decoram o exterior de edifícios e grandes superfícies.
E claro que não são apenas grandes metrópoles que apreciam esse conceito. Em todos os lugares do mundo, inclusive no Brasil, segue-se essa tendência do paisagismo que traz mais sustentabilidade para os projetos.
Continue lendo para saber mais e entender a história e a origem dos jardins verticais.
Como os jardins verticais surgiram?
Um dos precursores dos jardins verticais é o designer e botânico francês Patrick Blanc, que desenvolveu diversos projetos. Patrick, atualmente com 70 anos, trabalhava para o Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), especializada em plantas de sub-bosque tropical.
Este francês desenvolveu um circuito de recirculação fechada com a água de irrigação e os nutrientes. Ele também impulsionou o uso da vegetação local, para que tenha melhor adaptação às alterações climáticas.
Assim criou sua primeira grande criação vertical, para a Cité des Sciences, em Paris, no ano de 1986. Graças a esta técnica, a cidade adquiriu um rosto novo, mais brilhante e verde.
E como veio à mente esta ideia? Aconteceu durante a viagem para Tailândia com seus alunos.
Naquele momento, ele percebeu que as plantas podem crescer em qualquer lugar, porque elas só precisam de água suficiente. Inspirado por este pensamento, concebeu para a sua casa de Paris seu primeiro jardim vertical.
De acordo com o cientista, o fator decisivo para o sucesso de uma parede verde é a seleção de plantas adaptadas à radiação solar e ao clima de cada local. Hoje, Patrick Blanc tem em seu currículo muitos jardins verticais para uma variedade de clientes, tais como:
- Museus;
- Hotéis;
- Restaurantes;
- Lojas;
- Edifícios públicos;
- Projetos particulares.
“O trabalho de um botânico torna-se uma obra de arte” Patrick Blanc.
Aqui, no Brasil, é muito comum as coberturas de muros frontais com plantas escandentes (que crescem para cima), como a unha-de-gato ou a hera. Mas, sistemas complexos de plantio e rega ainda são novidades, apesar do crescimento nos últimos anos.
Em 1930, Burle Marx trabalhou em um jardim vertical no edifício do Ministério de Saúde e Educação no Rio de Janeiro, junto de Lúcio Costa e Le Corbusier, entre outros.
O que, exatamente, é uma parede verde?
Também conhecido como ecoparede ou jardim vertical, é uma intervenção paisagística em paredes externas e/ou internas dos edifícios, que são cobertas por vegetação através de diversas técnicas.
As bactérias sobre as raízes das plantas metabolizam impurezas do ar, tais como compostos orgânicos voláteis.
Os jardins verticais podem ser classificados de duas formas diferentes. As paredes intituladas “ativas” estão ligadas a construção do sistema de circulação de ar do edifício. Ventiladores sopram ar na parede e, em seguida, é recirculada através do edifício.
As ditas “passivas” ou “inativas” não tem nenhuma circulação de ar mecanizada. Em vez disso, elas estão abertas para promover a livre circulação de ar. Estas paredes estão crescendo no estilo de agricultura urbana ou jardinagem urbana.
Normalmente, elas são idealizadas como uma obra de arte por sua beleza. Às vezes servem para ajudar a curar a “síndrome do edifício doente” ou, em qualquer caso, aumentar os níveis de oxigênio. É também uma forma de reutilização de água ou purificação de fluidos contaminados.
Além disso, essa técnica ainda apresenta muitos outros benefícios, como:
- Ajuda na diminuição dos efeitos da emissão de carbono;
- Reduz a poluição do ar;
- Melhora a qualidade e umidade do ar;
- Promove o isolamento térmico e acústico da construção;
- Contribui para o aumento da durabilidade dos prédios;
- Capta o ar quente e a energia solar.
Vale ressaltar que as ecoparedes podem ser adaptadas a diferentes locais e temperaturas. Até mesmo em áreas de clima árido, em que o movimento da água é menos evaporável do que em jardins horizontais.
Nesses casos, recomenda-se a inserção de plantas nas paredes externas de edifícios, trazendo todos os benefícios citados acima.
“A parede é autônoma. Ela está posicionada para crescer a longo prazo. É um pedaço da natureza dentro da cidade.” Patrick Blanc.
Tudo o que você precisa saber para iniciar o seu jardim vertical
Se você ficou interessado em construir jardins verticais, nós podemos ajudar. Veja nossas dicas para isso.
Local
O primeiro passo para construir um jardim vertical é escolher o local em que ele será instalado.
Como já falado, essa técnica é ideal tanto para áreas internas quanto externas, podendo ser instalada em salas, escritórios, varandas, quintais e muitos outros lugares.
Para fazer a sua escolha, é importante considerar a quantidade de espaço disponível, assim como as necessidades das plantas. De forma geral, indica-se um ambiente com bastante luminosidade e ventilação natural.
Estrutura
Com o local escolhido, é necessário escolher a estrutura para colocar as plantas. Em muitos casos, é necessário realizar a impermeabilização das paredes, o que faz com o que projeto fique mais custoso.
O ideal é escolher um sistema que não exige essa etapa, bastando fixá-lo e adicionar as floreiras.
Não esqueça também de considerar que o jardim vertical precisa de irrigação constante, o que deve estar incluído no sistema escolhido.
Estilo do jardim
Os jardins verticais podem ter diversos estilos, dependendo da sensação que se deseja passar.
Por exemplo, os de inverno verticais tornam os espaços mais charmosos e dão destaque para uma área da casa.
Além disso, você pode criar um painel verde de forma permanente na sala, tornando um ponto central.
Há diversas opções que podem ser exploradas, considerando o espaço e a emoção que se deseja despertar.
Espécies de plantas
O último ponto que deve ser considerado são as espécies de plantas. Para isso, você precisa entender como é a iluminação do local e a quantidade de água indicada.
Para espaços que contam com muito sol, recomenda-se plantas como:
- Orquídea-grapete;
- Brilhantina;
- Flor-de-colar;
- Barba-de-serpente;
- Colar-de-pérolas.
Já para ambientes internos ou com meia-sombra, pode-se usar:
- Samambaia;
- Bromélia;
- Chifre-de-veado;
- Rabo-de-gato;
- Dedo-de-moça;
- babosa-de-pau.
É importante ressaltar aqui que, antes de escolher uma espécie, deve-se considerar se a raiz tem espaço suficiente para crescer na estrutura vertical.
Confira nossas dicas para a montagem do seu jardim
Para auxiliar você na montagem de jardins verticais, criamos um vídeo completo com dicas. Dê play e confira.
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