O design passivo tem ganhado destaque como uma estratégia eficaz para a redução de carbono nos últimos anos.
Além disso, o design passivo é uma forma de apresentar o que também se conhece como arquitetura bioclimática, uma abordagem que visa a maximizar a eficiência energética de edifícios e a redução da sua pegada de carbono, proporcionando, ao mesmo tempo, ambientes mais confortáveis e sustentáveis.
Quer saber mais sobre os princípios do design passivo e entender como ele contribui para a redução de carbono, consumo de energia e, consequentemente, das emissões de carbono associadas à construção, além de outros benefícios?
Então, continue a leitura abaixo e confira!
Design passivo na arquitetura: uma breve definição
O design passivo refere-se a uma abordagem de projeto que tira proveito das condições naturais do ambiente para otimizar o conforto térmico e a iluminação em um edifício.
Em vez de depender exclusivamente de tecnologias ativas, como sistemas de ar condicionado e aquecimento, o design passivo utiliza estratégias inteligentes de construção, materiais específicos e posicionamento cuidadoso para garantir um desempenho ambiental eficiente.
Ventilação cruzada: a respiração natural dos edifícios
(Imagem: Escola Estadual Erich Walter Heine: exemplo de design passivo utilizando tecnologias de infraestrutura verde)
Um dos elementos-chave do design passivo é a ventilação cruzada, um conceito que utiliza a circulação natural do ar para manter espaços frescos e bem ventilados.
Isso é alcançado através da colocação estratégica de aberturas, como janelas e portas, para permitir que a brisa flua através do edifício.
A localização das aberturas próximas aos forros dos tetos também permite que o ar quente acumulado dentro do edifício seja eficientemente expelido, contribuindo para a regulação térmica sem a necessidade de dispositivos ativos.
A ventilação cruzada não apenas melhora a qualidade do ar interior, mas também reduz a necessidade de sistemas de ventilação mecânica, resultando em economia de energia e menor impacto ambiental.
Orientação da construção para eficiência solar
A orientação cuidadosa da construção em relação ao terreno é uma estratégia fundamental do design passivo.
Durante as estações mais frias, a exposição máxima à luz solar pode ser otimizada para aquecimento passivo, reduzindo a necessidade de sistemas de aquecimento.
Além disso, a escolha adequada dos materiais construtivos desempenha um papel crucial nesse contexto.
Inércia térmica e escolha de materiais construtivos
A inércia térmica refere-se à capacidade de um material de armazenar e liberar calor ao longo do tempo.
No design passivo, escolher materiais com a inércia térmica correta é essencial para otimizar o desempenho térmico do edifício.
Durante o dia, materiais que absorvem calor, como concreto e pedra, captam a energia solar, liberando-a lentamente durante a noite.
Esse processo reduz a flutuação térmica, proporcionando ambientes mais confortáveis e eficientes em termos energéticos.
Infraestrutura verde e design biofílico
Além das estratégias arquitetônicas referidas acima, o design passivo muitas vezes incorpora elementos de infraestrutura verde e design biofílico para melhorar ainda mais a eficiência ambiental dos edifícios. Duas tecnologias notáveis são os telhados verdes e os jardins verticais.
Os sistemas de telhados verdes proporcionam isolamento térmico adicional, absorvendo dióxido de carbono durante a fotossíntese das plantas, ajudando a compensar as emissões associadas à construção do edifício.
A construção e instalação de telhados verdes também são associadas a uma pegada de carbono baixa, contribuindo para a sustentabilidade desde o início do ciclo de vida do edifício.
Além disso, sistemas de telhados verdes como os da Ecotelhado, por exemplo, também contribuem para a retenção da água da chuva, reduzindo seu descarte nos arredores da edificação e, assim, servindo como bacia de detenção, ainda podendo ser reaproveitada para a limpeza de ambientes como na jardinagem e também para a água da descarga, no banheiro.
Outra tecnologia que não pode ser esquecida ao se pensar em projetos que priorizem o design biofílico da edificação são os jardins verticais, também conhecidos como paredes verdes, paredes vegetadas ou ecoparedes.
Essas estruturas verticais revestidas com plantas não apenas melhoram a estética urbana, mas também proporcionam sombra natural e ajudam a purificar o ar.
Além disso, a manutenção de jardins verticais requer menos recursos do que as áreas verdes horizontais tradicionais, tornando-os uma escolha sustentável para espaços urbanos limitados.
Jardins verticais como o Sistema Mamute, da Ecotelhado, por exemplo, além de todos esses benefícios, ainda contribuem para maior retenção da água da chuva e daquela utilizada para sua irrigação, reduzindo o consumo de água corrente.
Eficiência real do design passivo na redução de carbono
Chegamos à pergunta central deste artigo: o design passivo é eficiente para a redução de carbono que é consumido emitido pela construção? A resposta é um ressonante sim.
Ao adotar estratégias de design passivo, os edifícios podem reduzir significativamente sua dependência de sistemas ativos, resultando em menor consumo de energia e emissões associadas.
Além disso, a integração de tecnologias de infraestrutura verde, como telhados verdes e jardins verticais, acrescenta benefícios adicionais, como a absorção de carbono e a promoção da biodiversidade urbana.
Uma abordagem holística para a sustentabilidade
O design passivo na arquitetura representa uma abordagem holística para a construção sustentável.
Ao considerar cuidadosamente a orientação, ventilação, materiais construtivos e elementos de infraestrutura verde, os projetos baseados em design passivo podem alcançar eficiência ambiental notável.
A redução de carbono consumido é emitido pela construção é uma consequência direta dessas práticas, solidificando o design passivo não só para trazer conforto térmico e segurança para aqueles que utilizam a edificação e circulam nos seus arredores, mas também como uma estratégia eficiente e responsável para enfrentar os desafios ambientais de nosso tempo.
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IMAGENS:
Imagem 4: Archdaily
Demais imagens: acervo Ecotelhado