Imagem ilustrativa da cidade de Paris para simbolizar os telhados de zinco

Do cinza ao verde: o plano para transformar os telhados de zinco de Paris em jardins

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Paris, a cidade das luzes, é conhecida por suas icônicas construções e ruas charmosas. No entanto, entre os telhados de zinco que adornam muitos edifícios parisienses, surge uma visão inovadora e sustentável: transformar o cinza urbano em verde exuberante. 

Além disso, o efeito ilha de calor urbano é um problema bem conhecido nas grandes cidades. Ele acontece em razão da concentração de materiais que absorvem mais calor e possuem baixa capacidade reflexiva, como asfalto, concreto e telhados tradicionais, o que é intensificado pelo adensamento de prédios, que bloqueia o fluxo de ar, da atividade antrópica e da escassez de vegetação e corpos d’água.

Reduzir esse problema passa por pensar em cidades menos adensadas e, ao mesmo tempo, com mais verde, inclusive em seus telhados e coberturas.

Há diversas soluções sendo propostas mundo afora e, recentemente, alguns arquitetos propuseram substituir muitos telhados de zinco de Paris por telhados verdes!

Quer saber mais sobre esse tema? Então, continue a leitura abaixo e confira!

Telhados de Paris

“Só uma janela em cruz

E uma paisagem tão comum

Telhados de Paris

Em casas velhas, mudas”

A música de autoria de Nei Lisboa e regravada por diversos artistas nos faz pensar na típica característica dos famosos “telhados de Paris”. 

Apesar do seu charme, eles escondem um grande problema sentido com cada vez mais intensidade nos verões parisienses que, nesse ano, onde as temperaturas atingiram um recorde de 42,6ºC: 70-80% dos telhados dos edifícios da capital francesa – cerca de 110.000 propriedades – são feitos de zinco, contribuindo fortemente para o efeito ilha de calor urbano.

Diante disso, a substituição desse tipo de cobertura por telhados verdes é vista como uma possível solução, seguindo o exemplo de outras cidades europeias que implementaram programas de incentivo ou até de obrigatoriedade de instalação de tetos vegetados. 

É o que manifestaram os profissionais do escritório Roofscapes, que apontaram outro problema desses telhados: a sua inclinação, o que dificulta a instalação de sistemas de telhados verdes.

O escritório sugere superar isso com plataformas de madeira fixadas nos painéis inclinados para criar jardins, terraços e até passarelas. 

Estes, dizem, terão o triplo benefício de impedir o superaquecimento do metal, reduzindo assim as temperaturas na cidade, aumentando a biodiversidade e criando espaços ao ar livre para os residentes.

Existem perigos evidentes, como o risco de passar pelo telhado ou pela lateral. A empresa afirma que as estruturas de madeira serão fixadas em paredes estruturais e cada projeto estará sujeito a uma rigorosa aprovação de planejamento com base em estudos de engenharia e segurança.

Uma vez aprovados, os terraços panorâmicos poderão ser criados a um custo de cerca de 1.500 a 2.000 euros (1.300 a 1.700 libras) por metro quadrado.

O custo seria suportado pelos proprietários da propriedade ou dos apartamentos dentro dela, que colheriam os benefícios do espaço extra e poderiam, espera-se, eventualmente ter acesso a subsídios do governo fundo de “transição ecológica” como os proprietários que desejam melhorar sua classificação energética podem fazer atualmente.

E os telhados do Brasil?

Diante disso, como seria no Brasil?

Claro que, em razão do nosso clima, e até mesmo por uma questão de estilo arquitetônico, os telhados de zinco não são tão comuns em nosso país, mas o efeito ilha de calor urbano, sim.

Logo, uma substituição em larga escala dos nossos telhados tradicionais por telhados verdes traria uma diferença significativa nos microclimas urbanos das grandes cidades, gerando mais conforto térmico no interior das edificações e nos seus arredores, além de promover mais bem-estar às pessoas e até à vida animal, naturalmente atraída por essas estruturas.

Contudo, é importante trazer algumas comparações. No Brasil, sistemas como o alveolar grelhado já se mostram como uma solução para coberturas inclinadas. Ele é composto de uma membrana alveolar responsável pela reserva de água, e ainda possui a inclusão de uma grelha tridimensional de PEAD. Seu uso permite inclinação no telhado de até 20° ou 30%.

Trata-se de um sistema muitissímo mais acessível do que os “1.500 a 2.000 euros” por metro quadrado pensados para Paris, o que demonstra que a tecnologia brasileira da Ecotelhado, além de ser mais adequada para construções com coberturas inclinadas do que a complexa, embora criativa, proposta feita pelo escritório francês, também se revela muito mais econômica.

Enfim, ideias como as de Paris são interessantes, mas se o objetivo é combater o efeito ilha de calor urbano dentro da realidade de nosso país, empresas como a Ecotelhado já dispõem de plenas condições para fazê-lo.

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IMAGENS:

Capa e Figura 1: The Guardian

Figura 2: Idei.Club

Demais imagens: Arquivo Ecotelhado