Você sabe o que é biomimética? Já ouviu falar disso?
A palavra mimetismo se refere originalmente à capacidade de alguns seres vivos se tornarem semelhantes a determinados ambientes ou outros animais com o fim de se protegerem e confundirem predadores.
A biomimética é o campo de estudos científicos em que são analisadas as estratégias da natureza e seus princípios criativos com o intuito de desenvolver soluções para diversas limitações humanas.
A biomimética vem sendo aplicada em diversas áreas do conhecimento, como a arquitetura, e anda de mãos dadas com as ideias de design biofílico e infraestrutura verde. Quer saber como? Então leia o conteúdo abaixo. Confira!
Biomimética e sustentabilidade
Apesar do nome, nem toda aplicação de biomimética é, a rigor, sustentável.
Um exemplo típico de biomimetismo que não tem, a princípio, qualquer preocupação com impactos ambientais é o velcro.
Esse material foi desenvolvido a partir da observação da forma como os carrapichos se fixavam nas superfícies. Porém, seu material sintético é de difícil reciclagem, tornando-o um resíduo problemático.
Logo, é essencial unir aspectos funcionais com estéticos e de sustentabilidade, afinal, aquilo que é desenvolvido pela própria natureza é regulado por ela própria, e esse padrão deve ser seguido na aplicação de técnicas de biomimética para que todo o seu potencial seja alcançado.
A biomimética na arquitetura
Os princípios da biomimética vêm sendo desenvolvidos há tempos no campo da arquitetura, mas nem sempre as ideias de funcionalidade e estética andam ao lado das que primam por sustentabilidade.
Na verdade, muitas vezes aspectos de sustentabilidade até são considerados, mas geralmente a partir da priorização de elementos não necessariamente ecológicos, como, por exemplo, a economia.
Assim, determinados projetos arrojados trazem um design inspirado na natureza, mas desprovidos dela própria, ou seja, designs artificiais, que lembram elementos da natureza e que procuram imitar suas funcionalidades, mas sem essa natureza.
É o caso, por exemplo, da redução do uso de energia com ar-condicionado em grandes edifícios inspirados na refrigeração de cupinzeiros, que se mantêm sempre úmidos e a uma temperatura quase constante independentemente da variação da temperatura externa.
Isso ocorre devido a uma complexa rede de câmaras e passagens, em que respiradores inferiores permitem a entrada de ar fresco, enquanto o ar quente escapa por uma abertura no topo.
Edifícios como esses, apesar de todos os seus benefícios, acabam desprovidos de design biofílico e de uma infraestrutura verde.
Biomimética, Design Biofílico e Infraestrutura Verde
Essencialmente, o design biofílico se propõe a trazer a natureza para dentro dos projetos de construção.
Quando se fala em infraestrutura verde, trata-se de uma rede ecológica urbana que reestrutura a paisagem, mimetiza os processos naturais de modo a manter ou restaurar as funções do ecossistema das cidades, tornando os ambientes urbanos, inclusive de suas construções, mais sustentáveis e resilientes por meio da interação cotidiana das pessoas com a natureza em espaços onde ambas tenham total prioridade. (HERZOG, 2013, p. 111).
Seu impacto vai muito além da estética e da própria ideia de eficiência ambiental visada por uma edificação sustentável e se reflete diretamente no bem-estar dos seres humanos (HERZOG, ibid).
Diferentemente do que ocorre em relação à infraestrutura “tradicional”, cinzenta, que geralmente tem apenas uma finalidade específica, a infraestrutura verde fornece uma multiplicidade de benefícios. Sua promoção não implica em restrições ao desenvolvimento, mas promove soluções naturais se estas forem a melhor opção (GUIMARÃES, 2015, p. 257).
Ainda que a ideia de biomimética aplicada em projetos como o case do “edifício cupinzeiro” seja ambientalmente correta, é evidente que seus objetivos de sustentabilidade serão atingidos de forma mais eficiente, simbólica e até mesmo holística se levar em consideração elementos de design biofílico e infraestrutura verde.
A biomimética aplicada à arquitetura a partir de tecnologias de infraestrutura verde
Certo, mas como vemos a biomimética sendo aplicada na arquitetura por meio de tecnologias de infraestrutura verde?
Os telhados verdes são um exemplo de biomimetização de coberturas de edificações, que busca torná-las semelhantes não só em relação à aparência do solo vegetado mas também quanto às suas funções de permeabilidade, retenção hídrica e multifuncionalidade.
Telhado verde instalado pela Ecotelhado sobre edifício-garagem de condomínio (Porto Alegre, RS).
Outro exemplo são as Ilhas Flutuantes, que são estruturas desenvolvidas para permanecerem na superfície de lagos e rios e estações de tratamento de efluentes, cobertas por uma película de micróbios que se alimentam de nitrogênio e fósforo presentes na água, além de outros poluentes existentes na sua superfície pegajosa.
Elas têm a capacidade de abrigar muitas plantas e, dependendo das dimensões, até mesmo árvores, como num pântano natural. Os caules das plantas permanecem acima do nível da água, enquanto as raízes submersas crescem rapidamente.
Portanto, se a ideia é levar a sério o objetivo de biomimetizar edificações, é muito importante integrar ao projeto tecnologias de infraestrutura verde, dotando-o não apenas das funcionalidades inspiradas pela natureza, mas também de design biofílico.
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