Você já ouviu falar em design biofílico? Sabe o que isso significa?
Considerando que hoje vivemos cerca 90% de nossas vidas em ambientes internos, as decisões de um projeto arquitetônico tornam-se tão importantes para a nossa saúde quanto as de um médico. Por isso, saber como podemos projetar esses espaços de forma mais saudável é essencial.
O design biofílico é uma forma inovadora de aproveitar a afinidade com a natureza para criar ambientes onde possamos viver, trabalhar e aprender com mais saúde, melhorando o desempenho e o bem-estar físico e mental das pessoas.
Continue a leitura deste artigo para saber mais sobre esse conceito e as vantagens do design biofílico.
O que é o design biofílico?
O design biofílico é uma abordagem inovadora que visa integrar elementos naturais nos espaços construídos, promovendo o bem-estar humano e a conexão com a natureza.
Utilizando características como luz natural, plantas, materiais orgânicos e vistas para o exterior, o design biofílico busca criar ambientes que inspiram e recriam os benefícios que a natureza proporciona, como redução do estresse, aumento da produtividade e melhoria da saúde mental.
Ao incorporar esses elementos, os espaços se tornam mais acolhedores, revitalizantes e propícios ao bem-estar dos ocupantes.
Relação entre Neuroarquitetura e Biofilia
A Neuroarquitetura é caracterizada pela aplicação de conceitos da neurociência aos ambientes e espaços construídos, sejam eles públicos, edifícios, casas, shopping centers ou escolas.
Esse conceito está bastante ligado com a ideia da Biofilia, uma vez que os dois utilizam-se de elementos naturais com o objetivo de trazer melhorias na qualidade de vida das pessoas e dos ambientes.
E o que é biofilia?
O termo Biofilia significa, literalmente, “amor à vida”.
Essa expressão foi cunhada pelo psicólogo e filósofo Erich Fromm em 1964 e difundida pelo biólogo Edward Osborne Wilson, em 1984, quando lançou o livro para explicar a afinidade inata dos seres humanos pelo mundo natural e a grandiosidade desta conexão.
A Biofilia é conhecida por muitas pessoas, mesmo sem que saibam o nome do termo. Se perguntarmos para as pessoas onde elas gostariam de relaxar ou onde se sentem melhores, a maioria responderia em algum lugar em contato com a natureza. É instintivo.
A resposta começa nos nossos ancestrais. O conceito do design biofílico vem da ideia de que 99% do nosso desenvolvimento é uma resposta adaptativa ao mundo natural. Se pensarmos no passado, a maior parte da nossa evolução como espécie se deu em ambientes selvagens, como florestas.
Nossa capacidade de respirar, enxergar, perceber o espaço e todo desenvolvimento das nossas funções corporais surgiu do contato direto com a natureza.
Em um mundo com a rápida urbanização e o crescimento da tecnologia, essa ligação fundamental muitas vezes é perdida. Como o nosso habitat mudou do mundo natural para o mundo construído, precisamos achar soluções para criar ambientes saudáveis entre o moderno construído.
Compreendendo os benefícios deste contato direto com a natureza de uma forma científica é que surgiu o conceito do design biofílico.
De forma resumida, esse conceito pode ser definido como uma técnica responsável por trazer elementos da natureza para os ambientes, promovendo uma inclusão de sistemas e processos naturais em edifícios e paisagens construídas.
Quais são os benefícios do design biofílico?
É comprovado que o contato com a natureza auxilia em várias áreas da vida, principalmente na saúde das pessoas.
Em qualquer ambiente – seja corporativo, escolar, interno ou externo – os benefícios do design biofílico envolvem:
- Redução do estresse,
- Aumento da produtividade e do desempenho,
- Promoção de tranquilidade e bem-estar,
- Estímulo da criatividade,
- Ampliação da concentração,
- Criação de ambientes mais bonitos.
Quais são os pilares desse conceito?
A prática do design biofílico envolve a aplicação de várias estratégias de projeto, às quais nos referimos como experiências. Saiba mais sobre elas:
- Experiência direta da natureza: Envolve o contato direto com a natureza, como a presença de luz, plantas, água, ar, animais, paisagens;
- Experiência indireta da natureza: A experiência indireta traz a sensação de lembrança da natureza, como a inclusão de imagens que fazem referência ao meio ambiente, Biomimética, paletas de cores baseadas em paisagens naturais, etc,
- Experiência de lugar e espaço: Esse pilar traz ao ambiente aspectos que fazem referência às características da natureza, como prospecção, refúgio, complexidade organizada, etc.
Como incorporar o design biofílico aos ambientes?
Existem diversas maneiras de incorporar o design biofílico aos ambientes, desde pequenas intervenções até projetos mais abrangentes.
Já sabendo o que é e quais são os pilares do design biofílico, você deve estar se perguntando como aplicá-lo em projetos arquitetônicos. Para isso, você pode seguir os passos:
Incorpore elementos ambientais
Como já falado, as experiências do design biofílico podem ser diretas, indiretas ou ainda de lugar e espaço. Isso faz com que diversos elementos ambientais possam ser inseridos para criar uma atmosfera natural.
Entre eles, podemos citar:
- plantas: que podem ser colocadas em paredes, jardins verticais, telhados ou até mesmo penduradas no teto,
- água: fontes de água e o seu barulho trazem mais relaxamento e deixam os ambientes mais charmosos,
- madeira, pedras, barro, lã, palha e outros materiais: móveis, decorações e papéis de parede podem ser utilizados no projeto.
O importante aqui é você buscar maneiras de fazer isso incorporando os elementos no projeto, não criando um ambiente totalmente a parte focado na natureza.
Apesar de não existir apenas uma forma de inserir o design biofílico no seu projeto, recomenda-se o uso de formatos orgânicos, ou seja, que são encontradas na natureza, como em frutos, folhas e flores, por exemplo.
Normalmente, isso envolve curvas, o que traz mais personalidade para qualquer ambiente e ainda dá um visual mais clean.
Os formatos orgânicos podem aparecer em elementos arquitetônicos, como em fachadas, arcos e pilastras, mas também podem ser inseridos posteriormente, com revestimentos com texturas naturais, madeira aparente, decoração ou móveis.
Invista em iluminação natural
A iluminação natural é indispensável em projetos com design biofílico. Afinal, ela é essencial para as plantas inseridas no local, assim como para o nosso relógio biológico.
Para isso, você pode inserir grandes janelas em locais estratégicos ou até mesmo claraboias para deixar o ambiente mais iluminado.
Mas tenha cuidado! Em ambientes que exigem o controle das temperaturas, é necessário utilizar películas ou filtros para evitar o excesso de calor durante os dias mais quentes.
Acompanhe padrões naturais
Outro cuidado que se deve ter ao aplicar o design biofílico é acompanhar os padrões naturais entre os ambientes.
O ideal é usar cores padronizadas que remetem a natureza para evitar que o local fique pesado.
E lembre-se de fazer a transição de ambientes de forma gradual, seguindo o mesmo padrão para promover a integração de todos os cômodos.
Ecotelhado: referência em sistemas para design biofílico
Se você deseja ver mais dicas para agregar elementos naturais no seu projeto, dê play no vídeo abaixo e confira as dicas de João Manuel Feijó, o engenheiro agrônomo aqui do Ecotelhado que é especialista nesse tema.
Ecotelhado é referência em sistemas para design biofílico
Sempre pensando em iniciativas sustentáveis, a Ecotelhado possui diversas opções de sistemas que promovem o design biofílico, como:
- jardins verticais,
- paredes verdes,
- telhado verde,
- cerca viva,
- ecopavimento,
- lagos e piscinas naturais.
Nossa equipe tem ampla experiência na área e pode auxiliar você a projetar um ambiente mais harmonioso, leve e bonito.
Entre em contato conosco para saber mais e conte com a ajuda de um especialista em design biofílico para criar o seu projeto.