Imagem do muro vegatado do Barra Shopping feito pela Ecotelhado para simbolizar o design biofílico

Design biofílico, infraestrutura verde e soluções baseadas natureza: entenda a diferença entre esses conceitos

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Quando se fala em sustentabilidade, a todo momento surgem novos conceitos e as pessoas têm a impressão de que não existe diferença e que tudo o que se vê são meras palavras sinônimas que apenas buscam causar algum impacto diferente entre as pessoas. 

No fim, tudo seria uma busca pelo “clickbait” perfeito. Isso também existe, é verdade, mas não é errado dizer que, de fato, muitas vezes certas expressões são elaboradas para trazerem mais profundidade para alguns aspectos.

Na área da arquitetura, da engenharia e do design não é diferente, e é aí que entra alguma confusão entre a distinção entre design biofílico, infraestrutura verde e soluções baseadas na natureza, por exemplo.

Quer conferir a diferença entre esses conceitos? Então, continue a leitura deste conteúdo abaixo!

O que é design biofílico?

A palavra “biofilia” vem do grego e significa “Bio = Vida”, e “Philia = Amor.” 

Nos últimos anos, esse termo tem sido amplamente utilizado na área da arquitetura, buscando promover a reconexão dos humanos com a natureza através de projetos residenciais, comerciais, corporativos e de interiores.

A biofilia na arquitetura não se resume em apenas incluir plantas nos ambientes, mas também contemplar estrategicamente cores, texturas e outros elementos naturais a fim de proporcionar mais saúde, bem-estar e relaxamento às pessoas.

Assim, o conceito de design biofílico pode ser definido como uma técnica responsável por trazer elementos da natureza para os ambientes, promovendo uma inclusão de sistemas e processos naturais em edifícios e paisagens construídas.

Ainda assim, um design biofílico não possui, necessariamente, elementos vivos da natureza. Jardins verticais artificiais, imagens virtuais de paisagens, pinturas que remetem a elementos naturais e estilos arquitetônicos que geram alguma conexão visual com aspectos do ambiente onde se encontram, podem ser considerados também como design biofílico.

Agora, não há dúvidas de que essa conexão mental entre natureza e ser humano que o design biofílico busca é muito mais eficiente se utilizadas tecnologias de infraestrutura verde.

Infraestrutura verde

A infraestrutura verde é uma rede ecológica urbana que reestrutura a paisagem, mimetiza os processos naturais de modo a manter ou restaurar as funções do ecossistema urbano, oferecendo serviços ecossistêmicos no próprio local (HERZOG, 2013).

Essa rede é formada não só por elementos da própria natureza, como árvores e rios, por exemplo, mas também por tecnologias de engenharia, como telhados verdes, jardins verticais, pavimentos permeáveis, entre outras tantas tipologias.

Logo, a rigor, não necessariamente uma tecnologia de infraestrutura verde gerará uma conexão psicológica com a natureza

É o caso, por exemplo, de um concreto permeável cinzento e de aspecto mais “bruto”, cujas características permitem a absorção da água da chuva e a realimentação dos lençóis freáticos.

No entanto, um concreto permeável tradicional, apesar da sua função ecológica eficiente em alguma medida, não gera qualquer atração ou promoção da vida natural às pessoas que sobre ele circulam, sendo pobre, também, em outras funções, como na atração da fauna e no desenvolvimento da flora. 

Falta-lhe, assim, design biofílico, ou seja, um design atraente à vida não só humana, mas também animal e vegetal.

Fica então bem esclarecido que, embora se tratem de conceitos diferentes, as ideias de infraestrutura verde e design biofílico são complementares e, a fim de atingirem ao máximo seus objetivos, devem andar lado a lado.

Certo, mas e as soluções baseadas na natureza?

Soluções baseadas na natureza

A ideia de soluções baseadas na natureza quase se confunde com a de infraestrutura verde e, de fato, há alguns substituindo as menções a esta por aquela. Isso tem a ver com aquilo que falamos no início do texto, ou seja, com a busca por expressões que sejam mais simples e atraentes ao público em geral.

Ainda assim, tecnicamente há diferenças, pois se a ideia de infraestrutura verde remete ao uso de técnicas e tecnologias de engenharia e arquitetura, quando se fala em soluções baseadas na natureza não se busca, necessariamente, o uso de tecnologias, mas apenas o conhecimento sobre o funcionamento da própria natureza e de seus ciclos e recursos.

Uma wetland, por exemplo, é uma área alagada destinada a receber águas pluviais, proporcionando, ainda, a retenção e a remoção de contaminantes, devendo ser construída em locais adequados para esse fim. 

Apesar da inegável necessidade de conhecimentos de engenharia, arquitetura e biologia para a sua construção, para tal não seria preciso, a rigor, qualquer tecnologia.

Acontece que o grande pulo do gato da ideia de infraestrutura verde é, justamente, por meio de suas tecnologias, trazer eficiência às soluções baseadas na natureza a serem aplicadas. 

Portanto, embora uma wetland desprovida de tecnologias, se desenvolvida com as plantas certas, seja eficiente em alguma medida, se nela forem utilizadas tecnologias de infraestrutura verde como as das ilhas flutuantes, por exemplo, terá grandes chances de alcançar seus resultados de forma muito mais satisfatória.

Ou seja, a eventual solução baseada na natureza para algum problema ambiental identificado será alcançada de maneira muito mais eficiente se utilizadas tecnologias de infraestrutura verde, as quais, por sua vez, certamente precisam estar lado a lado com a ideia de design biofílico!

Logo, ainda que diferentes, os conceitos de design biofílico, infraestrutura verde e de soluções baseadas na natureza são complementares e precisam um do outro para alcançarem, na melhor medida possível, seus objetivos.

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Imagens: Arquivo Ecotelhado

Referência: HERZOG, Cecilia Polacow. Cidades para todos: (re)aprendendo a conviver com a natureza. Rio de Janeiro (RJ): Mauad X, 2013.