A qualidade da água consumida dentro de edifícios é um fator essencial para a saúde dos ocupantes e a sustentabilidade das construções.
Seja em residências, comércios, hospitais ou escolas, garantir que a água esteja livre de contaminantes físicos, químicos e biológicos é uma responsabilidade que vai muito além da concessionária.
Envolve também o projeto, a manutenção e a gestão dos sistemas internos de abastecimento.
Neste artigo, vamos entender como funciona a gestão da qualidade da água em edificações, quais as normas que regem esse processo, quais tecnologias estão envolvidas e como arquitetos, engenheiros e gestores podem contribuir para um uso seguro, eficiente e consciente desse recurso vital.
Para saber mais, continue a leitura e entenda!
Por que a qualidade da água dentro dos prédios importa?
A água fornecida pelas companhias de saneamento geralmente atende aos padrões mínimos de potabilidade na entrada dos edifícios.
No entanto, a partir do momento em que entra na edificação, ela passa por reservatórios, tubulações, filtros e pontos de consumo que podem comprometer sua qualidade.
Problemas como contaminação por bactérias, metais pesados, biofilmes ou sedimentos são relativamente comuns quando não há um plano de manutenção adequado.
Em ambientes como hospitais ou creches, isso pode representar riscos significativos à saúde.
Além disso, a qualidade da água impacta diretamente a vida útil de equipamentos, o consumo energético (por exemplo, em caldeiras e chillers) e a eficiência de sistemas como aquecedores e climatizadores.
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Normas e diretrizes para gestão da água
A gestão da qualidade da água em edificações é regulada por diversas normas e diretrizes no Brasil, entre elas:
- Portaria GM/MS nº 888/2021: estabelece os padrões de potabilidade da água para consumo humano.
- ABNT NBR 5626: trata das instalações prediais de água fria.
- ABNT NBR 15527: orienta o uso de águas pluviais para fins não potáveis.
- ABNT NBR 16785: traz diretrizes para sistemas de reuso de água.
Essas normas determinam tanto os critérios técnicos quanto os procedimentos de manutenção, periodicidade de limpeza de reservatórios, controle microbiológico e registros obrigatórios.
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Principais etapas da gestão da qualidade da água
- Diagnóstico inicial: levantamento das fontes de água (rede pública, poço, chuva, reuso), análise da infraestrutura existente e identificação de pontos de risco.
- Plano de manutenção: cronograma de limpeza de caixas d’água, revisão de conexões, desinfecção de sistemas, testes laboratoriais.
- Monitoramento contínuo: coletas regulares para análise físico-química e microbiológica.
- Capacitação de usuários: orientação sobre uso correto da água, evitação de conexões cruzadas e descarte inadequado.
Tecnologias que contribuem para o controle da qualidade
Com a evolução dos sistemas prediais, diversas tecnologias têm sido incorporadas à gestão da qualidade da água:
- Filtros centrais de alto desempenho;
- Medidores inteligentes de consumo;
- Sistemas de monitoramento remoto via IoT;
- Sensores de qualidade instalados nos pontos críticos;
- Sistemas de reuso com tratamento UV ou ozônio.
Essas soluções permitem respostas mais rápidas em caso de contaminação, maior eficiência no uso da água e redução de custos operacionais.
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E a sustentabilidade?
Garantir a qualidade da água também está diretamente ligado aos princípios da construção sustentável. Projetos que adotam sistemas de reuso, aproveitamento de chuva e otimização de consumo têm menor impacto ambiental e podem obter certificações como LEED, AQUA-HQE ou EDGE.
Porém, esses sistemas só são sustentáveis se operarem com qualidade. Águas de reuso, por exemplo, devem ter controle rigoroso para não se tornarem fontes de risco sanitário.
O papel dos profissionais e gestores
Engenheiros, arquitetos, instaladores e facility managers têm papel fundamental na garantia da qualidade da água. Isso inclui desde a especificação de materiais até o acompanhamento da manutenção.
Em edifícios mais antigos, muitas vezes é necessário promover a modernização de sistemas hídricos para atender aos novos padrões. Já em construções novas, o ideal é planejar desde o início um sistema de água integrado, eficiente e monitorado.
A qualidade da água dentro dos edifícios não deve ser encarada como algo garantido automaticamente pela rede pública. Ao contrário: ela exige gestão ativa, monitoramento contínuo e tecnologias adequadas.
Ao incorporar boas práticas, sistemas inteligentes e soluções sustentáveis, podemos transformar cada edificação em um modelo de uso seguro e consciente da água, promovendo bem-estar, longevidade dos sistemas e cuidado com o meio ambiente.
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