É comum pensar que jardins de chuva e biovaletas são sinônimos, principalmente porque se referem a soluções que colaboram para a drenagem dos solos.
Apesar de possuírem objetivos comuns, são processos diferentes, como veremos na continuidade.
Cada vez mais, as fortes chuvas nos perímetros urbanos causam inundações e alagamentos, o que gera sérios problemas no trânsito, além de prejuízos de ordem material e de saúde para aqueles que atravessam os espaços inundados.
Muitas doenças são originárias de situações como essas, como, por exemplo:
- Leptospirose,
- Hepatite A,
- Diarreias bacterianas,
- Febre tifoide,
- Tétano,
- Dengue.
Todas essas doenças são originárias do contato que as pessoas fazem com a água contaminada ou através das poças que persistem após um alagamento, criando ambientes propícios para insetos que causam sérios problemas.
Neste post, mostraremos duas boas soluções para essa situação, apresentando as diferenças existentes entre os jardins de chuva e as biovaletas. Continue a leitura e confira!
Qual a diferença entre biovaletas e jardins de chuva?
Tanto as biovaletas como os jardins de chuva tem por objetivo evitar as inundações ou pelo menos minimizar os problemas causados pelas fortes chuvas.
Vamos conhecer as principais diferenças e características destas soluções.
Biovaletas
As biovaletas, também conhecidas como valetas de biorretenção vegetadas, são depressões lineares preenchidas com vegetação, solo e elementos filtrantes.
Seu objetivo é tratar o escoamento de água das ruas e estacionamentos.
Após processar uma limpeza da água da chuva, ela é encaminhada para os jardins ou sistemas de retenção e detenção das inundações.
São, portanto, estruturas menores que os jardins de chuva e construídas em série, ligando-se com outras conforme o declive do terreno.
Para cada trecho das biovaletas, uma bacia é construída para a sedimentação dos poluentes.
Jardins de chuva
Os jardins de chuva, na maior parte do tempo, estão secos.
No entanto, eles são um espaço preparado para receber abundância de água nos períodos chuvosos.
Essas estruturas precisam estar acompanhadas de aberturas no meio-fio com canalização.
Também devem estar presentes plantas nativas e vegetação que possam resistir a grandes quantidades de água por determinado tempo, bem como suportarem os períodos de seca, ou seja, faz-se necessário que o jardim seja sustentável.
Quais são os benefícios das biovaletas e jardins de chuva?
As biovaletas e os jardins de chuva são excelentes estratégias para evitar os males trazidos pelas inundações.
Portanto, quando se projetam ações envolvendo essas duas soluções, torna-se possível:
Evitar inundações e enchentes
Evitar as inundações e enchentes é uma maneira inteligente de oferecer qualidade de vida às pessoas.
Por isso, trabalhar os dois projetos em conjunto é o melhor caminho para evitar alagamentos e, mais do que isso, eliminar a água que possa ficar parada em determinados locais, promovendo os riscos da dengue.
Além disso, esse conjunto torna a cidade e os ambientes mais bonitos, pois plantas passam a embelezar as ruas, deixando-as mais floridas e verdes.
Incentivar a biodiversidade
A implantação dessas soluções possibilita que a permeabilidade do solo seja resgatada e a poluição difusa seja removida, colaborando para que a água chegue mais limpa aos rios e, por fim, a biodiversidade original do ambiente possa ser recuperada.
Como se observa, não se trata de investimentos inviáveis ou obras que exigem grandes paralisações nas atividades do dia a dia.
A própria natureza contribui para o sucesso da operação, bastando apenas que cada um faça sua parte e contribua com o meio ambiente.
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