Para um edifício ser considerado sustentável é preciso de algumas características específicas, baseadas principalmente em ações em prol do meio ambiente e valorização dos recursos naturais.
Ao redor do mundo, existem vários exemplos de edifícios sustentáveis, famosos e reconhecidos por contribuir com o planeta e com a natureza.
Neste artigo, você vai conhecer alguns desses edifícios e quais são os diferenciais dessas construções. Confira!
Quais são as características dos edifícios sustentáveis?
A seguir, confira algumas características que contribuem para os edifícios serem considerados sustentáveis:
- Construções que sejam planejadas para a sustentabilidade desde sua edificação;
- Produção de energia renovável;
- Paisagismo sustentável;
- Requisitos que controlem o consumo de energia, água, carbono e resíduos;
- Potabilizar e reutilizar a água da chuva;
- Se abastar de verde;
- Adicionar Design Biofílico;
- Presença de materiais ecológicos e recursos naturais;
- Luz e ventilação naturais;
- Espaço sustentável;
- Energia e atmosfera;
- Qualidade ambiental interna;
- Eficiência do uso da água;
- Inovação e processos;
- Créditos regionais.
Existem algumas certificações que atribuem o conceito de sustentabilidade às construções. De todas as certificações, a que tem maior abrangência é o LEED (Liderança em Energia e Design Ambiental), concedida pela instituição americana Green Building Council (GBC).
No Brasil, são mais de 1.500 projetos registrados, avaliados por um ranking de pontuações de acordo com os pré-requisitos apresentados pela organização.
Exemplos de edifícios sustentáveis pelo mundo
A seguir, conheça alguns exemplos famosos de edifícios sustentáveis, reconhecidos pela beleza e cuidado com a natureza.
Bosco Verticale (Milão, Itália)
Inaugurado em 2014 e localizado em Milão, na Itália, o Bosco Verticale é um edifício residencial sustentável composto por duas torres e é classificado como o primeiro conjunto habitacional com floresta vertical no mundo.
Projetado e idealizado pelo arquiteto italiano Stefano Boeri, os dois prédios, que possuem alturas diferentes – um com 76 e outro de 110 metros – hospedam mais de 800 árvores de diversos portes e milhares de plantas e arbustos distribuídos no entorno dos apartamentos.
O projeto, conhecido por ser um símbolo de sustentabilidade, recebeu o International Highrise Award, que elege arquiteturas sustentáveis e projetos modelo de design.
Mas não é só a beleza arquitetônica que chama atenção. O edifício também tem sua participação no ecossistema e na preservação da fauna e da flora, tornando-se abrigo de aves e insetos e concentrando mais de 1.600 espécies de pássaros e borboletas.
Além da diversidade de plantas e de filtrar a poluição do ar urbano, a fachada verde produz oxigênio e umidade, favorecendo o isolamento acústico, garantindo sombra no verão e, consequentemente, diminuindo a temperatura e luminosidade no inverno.
A irrigação é feita com água da chuva, reaproveitada para abastecimento do consumo de água nos apartamentos.Todas essas alternativas sustentáveis trazem mais qualidade no consumo de energia dos prédios pois são geradas através do sistema de energia eólica e fotovoltaica inseridas em ambas as torres.
Kuggen (Gotemburgo, Suécia)
Construído pelos arquitetos da Wingårdh Arkitektkontor, da sede da Universidade de Tecnologia de Chalmers em Gutemburgo, Suécia, o Kuggen – que significa “Roda Dentada” – é inspirado pelo seu próprio nome e pelo Renascimento Italiano.
O prédio de cinco andares foi finalizado em 2011 e se beneficia da tecnologia ecológica em diferentes níveis: um sistema de ventilação e iluminação ativados através do movimento, aquecimento e refrigeração interativos, além de contar com painéis solares no telhado e uma iluminação natural eficaz.
A energia é utilizada apenas quando é realmente necessário, com o consumo ficando bem abaixo do normal (menos de 55 kWh/m² por ano).
Eurobusiness (Curitiba, Brasil)
Primeiro empreendimento do Sul do Brasil a receber selo LEED Platinum pelas ações sustentáveis, o Eurobusiness tem captação da água da chuva e um sistema próprio para o tratamento de esgoto.
O prédio, que contém 14 andares, mantém todo o volume de suas águas residuais por meio de wetlands (zona de raízes) e extingue grande parte da energia de uma construção de porte grande, destacando-se pelos elevadores e sistemas de refrigeração sustentáveis, além da produção de energia através de painéis fotovoltaicos instalados no telhado do prédio.
Em 2019, o edifício comercial conquistou também a certificação LEED Zero Water no mundo, que atesta a autossuficiência em água e foi reconhecido pelo US Green Building Council (USGBC) como o 1º do mundo a se tornar autossuficiente na geração da água que consome.
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