(Imagem: Reprodução/ArchDaily)
Os jardins flutuantes fazem parte do visual de Chicago, uma das maiores cidades dos Estados Unidos com mais de 2,7 milhões de habitantes.
Esse curso de água, que antes desaguava no grande lago Michigan, teve o seu fluxo natural invertido a partir de um histórico projeto de engenharia desenvolvido há mais de um século, quando passou a desembocar na bacia do rio Mississippi.
O principal objetivo era proteger o lago Michigan, a essencial fonte de água potável da área, que vinha sendo prejudicado por resíduos industriais e detritos.
Atualmente, o Rio Chicago está em plena transformação: mergulhadores e peixes estão retornando e a cidade é embelezada por belíssimos jardins flutuantes.
Deseja conhecer detalhes a esse respeito? Continue a leitura do nosso post e confira!
Os jardins flutuantes
Os primeiros jardins flutuantes foram criados pelo povo Asteca em meados do século XIV, quando estes chegaram ao Vale do México e se depararam com um local dominado por grandes lagos.
Para sobreviver na Cidade do México, local determinado pelos deuses para sua morada, foram forçados a criar as chinampas. Essas estruturas, implementadas nos lagos, eram formadas a partir de:
- junco,
- lama,
- vegetação.
As chinampas foram essenciais para os astecas, permitindo-lhes cultivar uma variedade de alimentos, como milho, feijão, abóbora, tomate e pimenta, além de flores.
Isso não só viabilizou a fundação de sua nova capital, mas também a implementação de um modelo agrícola sustentável.
Nascia então os jardins flutuantes, uma solução urbana moderna cujo propósito é integrar a natureza e as cidades, combinando design biofílico e inovação.
Revitalização do Rio Chicago com jardins flutuantes
Por muito tempo, Chicago foi considerada uma das regiões mais poluídas dos Estados Unidos. Para reverter essa situação, o governo local tem implementado diversas medidas para a revitalização do rio que atravessa a cidade, incluindo a utilização de jardins flutuantes.
Essas estruturas, que servem de base para o desenvolvimento das plantas, são criadas com materiais ecológicos ou recicláveis, desenvolvidas para sustentar o peso da vegetação e permitir que as raízes cresçam diretamente na água.
Alguns resultados obtidos a partir dessa ação são os seguintes:
- purificação da água do rio,
- criação de habitats para fauna e flora,
- aumento da biodiversidade.
Os jardins flutuantes contribuem de maneira efetiva no desenvolvimento de soluções urbanas sustentáveis de fácil implementação, tornando os espaços mais bonitos e beneficiando todas as pessoas que vivem na região.
Benefícios sociais e urbanos dos jardins flutuantes no Rio Chicago
Com a implementação dos jardins flutuantes no Rio Chicago, a cidade ganhou benefícios sociais e urbanos que definitivamente estão transformando a região.
Antigas áreas degradadas se tornaram ambientes verdes, atraindo a presença da população que passa a contar com espaços de lazer e passeio.
Isso significa melhorar a qualidade de vida das pessoas, além de valorizar o que é conhecido como educação ambiental, portanto, conquistando o engajamento da comunidade para a proteção da natureza e o combate à poluição.
Além disso, existe uma valorização estética que atrai a comunidade e turistas, conectando as pessoas com a:
- sustentabilidade,
- inovação,
- impacto positivo na vida urbana.
O Wild Mile, um projeto de jardins flutuantes e áreas verdes, está transformando Chicago. Essa iniciativa impulsionou a construção de calçadões ao longo do rio, promovendo o turismo e o comércio local.
A população acolheu o projeto com entusiasmo, resultando em mudanças significativas, inclusive na percepção e interação das pessoas com a natureza. Observa-se um aumento notável nos esforços de preservação e cuidado ambiental.
Deseja conhecer outros modelos de transformação? Leia nosso post que apresenta o meadow seeds: como prados urbanos regeneram espaços e ideias!