Imagem de um topo de um prédio com telhados verdes para simbolizar o Bjarke Ingels e sua explicação dobre o conceito de sustentabilidade hedonista na arquitetura

Bjarke Ingels explica o que é a sustentabilidade hedonista na arquitetura

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Recentemente aconteceu, em Copenhague, na Dinamarca, o Congresso Mundial de Arquitetos da UIA 2023, cujo tema foi “Futuros Sustentáveis – Não Deixar Ninguém para Trás“.

Uma das notáveis figuras contemporâneas que esteve presente foi o arquiteto Bjarke Ingels, que destacou no evento a ideia de sustentabilidade hedonista.

Quer entender mais sobre esse assunto? Então, continue a leitura deste conteúdo abaixo e confira!

O que é sustentabilidade hedonista?

Falar em sustentabilidade é falar em ações humanas que conciliam, em alguma medida, equilíbrio entre seus impactos ambientais, sociais e econômicos: o famoso “tripé da sustentabilidade”.

Portanto, tudo o que seria sustentável tem uma ideia de despreocupação ou, talvez, esvaziamento das prioridades individuais em detrimento daquelas demandadas pelo planeta ou, simplesmente, pelo ambiente ao redor, ao mesmo tempo em que preocupações socioeconômicas são levadas em consideração.

Assim, é comum muitos relacionam a ideia de investimento em sustentabilidade como um sacrifício no seu sentido negativo, ou seja, como uma “forçação de barra” em detrimento de aspectos singulares de cada indivíduo, inclusive em relação à praticidade e conforto. 

Afinal, em termos materiais, o que as pessoas buscam na vida é trabalhar para ganhar dinheiro e, com esses ganhos, aproveitar a vida da melhor maneira possível.

Assim, as pessoas querem dinheiro para, uma vez supridas suas necessidades cotidianas de subsistência, poderem investir no seu bem-estar, no seu conforto e prazer e a tendência é resistir a tudo o que talvez signifique um obstáculo para que esses objetivos sejam atingidos.

A ideia de sustentabilidade hedonista busca, justamente, conciliar o “tripé da sustentabilidade” com essa humana busca individual por prazer e bem-estar. 

É fazer com que as medidas sustentáveis a serem aplicadas nas mais diversas áreas do conhecimento, inclusive na arquitetura, viabilizem essa busca sem que se deixe de promover o equilíbrio entre aspectos ambientais, sociais e econômicos.

A ideia de sustentabilidade hedonista, segundo Bjarke Ingels

Em entrevista ao portal Archdaily, o arquiteto Bjarke Ingels, do Bjarke Ingels Grupo (BIG), escritório focado em arquitetura cultural, educacional e sustentável, explicou que esse conceito se traduz na ideia de que uma cidade funcional e sustentável é melhor não apenas para o meio ambiente natural, mas também para as pessoas que vivem nela.

Para o profissional, “a noção de sustentabilidade hedonista significa que a sustentabilidade não vencerá se não for melhor projetada e mais agradável de se viver”.

Uma comparação interessante feita pelo arquiteto foi com os carros elétricos, que, ainda que sejam sustentáveis, apenas se tornaram, em alguma medida, viáveis a partir do momento em que a Tesla criou versões seguras, rápidas e com um design belo e arrojado, estimulando a concorrência a começar a fabricar carros elétricos acessíveis.

Em outra entrevista, dessa vez para a Revista Casa Vogue, o arquiteto explica que o termo “sustentabilidade hedonista” se relaciona à ideia de que “a sustentabilidade não deveria ser o quanto de qualidade de vida nós temos que abrir mão, não deveria ser um fardo na vida das pessoas (…) que estabelece que tudo o que lhe faz bem necessariamente tem que lhe causar alguma dor. A sustentabilidade, tanto nos edifícios quanto nas cidades, pode significar um aumento da qualidade de vida“.

Logo, um simples telhado verde, em vez de ser encarado como um “fardo” ao empreendedor que constrói, ou ao proprietário ou ao condômino que é estimulado a instalá-lo pelas suas vantagens ecológicas e socioeconômicas, também deve ser visto como um meio para tornar a vida mais leve e agradável graças a sua multifuncionalidade.

Ou seja, muitos espaços adequados para telhados verdes podem ser utilizados para lazer, gerando muito mais bem-estar aos seus frequentadores do que um terraço normal. É o que vemos nos rooftops sustentáveis tão em voga hoje em dia, por exemplo.

Nessa mesma linha, alguns objetivos de sustentabilidade até podem ser alcançados se instalados brises metálicas em uma fachada de edifício, já que haverá o bloqueio parcial da luz solar e promover-se-á a circulação de ar natural, reduzindo necessidades com ar condicionado. 

Contudo, se a opção for por um brise vegetal, essas mesmas vantagens serão alcançadas, mas com a contrapartida do próprio ambiente natural, uma vez que a vegetação que se desenvolverá no brise atrai a fauna e promoverá a beleza que apenas a natureza consegue oferecer.

Portanto, o prazer contemplativo que o ser humano genuinamente busca também será favorecido por essa medida sustentável.

Enfim, se a ideia não é apenas a promoção de medidas sustentáveis, mas também, ao mesmo tempo, a valorização da busca de cada indivíduo por bem-estar, pelo bem-viver, fica bastante evidente que esse conceito inovador de “sustentabilidade hedonista” combina bem com design biofílico e infraestrutura verde.

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Capa: CopenHill por BIG ( Hutton+Crow) – Archdaily 

Demais imagens: arquivo Ecotelhado